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  5. Julho amarelo: conheça a campanha contra as hepatites virais
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No que diz respeito à saúde do fígado, iniciamos um dos meses mais importantes do ano: a campanha de conscientização do Julho Amarelo. Mas você sabe todo o significado que esta fitinha amarela carrega consigo?

Julho se tornou o mês de referência para prevenção das hepatites virais - oficialmente desde 2019 - devido ao fato do dia 28 de julho ser o Dia Mundial de Luta Contra as Hepatites Virais.

Doenças estas que são um sério problema de saúde pública em todo o mundo, as quais podem se manifestar de diversas formas entre a população. Logo, saber como evitar, identificar sintomas ou quando buscar ajuda médica é fundamental.

Vamos conhecer quais são as hepatites virais e os seus tipos?

Hepatite é o nome dado a toda inflamação que atinge o fígado e, quando esta é ocasionada por uma infecção proveniente de vírus, chamamos de hepatite viral. O maior problema dessas doenças é que muitos casos são assintomáticos, passando despercebidos até que surja alguma complicação hepática.

As hepatites virais podem ser classificadas pelos tipos A, B, C, D e E - sendo os três primeiros mais comuns no Brasil. Confira alguns detalhes:

Hepatite A: esta variante é a que apresenta o maior número de casos e está diretamente relacionada às condições precárias de saneamento básico e higiene. Apesar da grande disseminação, a hepatite A é uma infecção leve e tende a cessar sozinha. Além disso, existe vacina disponível pelo SUS.

Hepatite B: sendo o segundo tipo com maior incidência, a transmissão ocorre por meio de contato sanguíneo, ao compartilhar objetos de uso pessoal ou perfurocortantes infectados, ao manter relações sexuais sem proteção, ou, então, pode ser passada de mãe para filho, durante a gestação/parto. A melhor forma de prevenção é a vacina, associada aos cuidados individualizados de higiene pessoal.

Hepatite C: a principal forma de transmissão desse vírus ocorre através do contato com sangue infectado. Este era considerado um grande problema de saúde pública, com altas taxas de mortalidade. Entretanto, com a descoberta das novas drogas DAA, que são disponíveis no SUS, as chances de cura passaram a ser maiores que 90% - o que gera a expectativa de que, no futuro, esta doença possa ser erradicada. A detecção precoce é super importante, então, fiquem atentos ao próximo conteúdo do blog, onde falaremos mais sobre a Hepatite C!

Hepatite D: esta doença é causada pelo vírus VHD e ocorre apenas em pacientes infectados pelo vírus B, apresentando as mesmas formas de transmissão. A boa notícia é que a vacinação contra a hepatite B também protege de uma infecção da variante D, além dos demais cuidados com a saúde para evitar a exposição ao vírus.

Hepatite E: a transmissão desse tipo viral se dá por via fecal-oral (o que provoca grandes epidemias em países dos continentes africano e asiático). Essa hepatite não tem um tratamento específico, por isso, é recomendada a suspensão do consumo de álcool, repouso e estabelecimento de uma dieta com pouca gordura.

Os sintomas, quando presentes, são bem semelhantes entre as variantes, tais como: febre, enjoo, fadiga, dor no corpo, amarelamento da pele e olhos (icterícia), fezes claras e urina escura. Ou seja, vários sintomas que indicam que algo não vai bem com o fígado!

Em relação aos tratamentos, cada caso precisa ser analisado de forma individualizada, a fim de que seja identificado o tipo viral e o grau dos danos causados ao fígado. Medicações e mudanças de estilo de vida fazem parte das indicações médicas.

Um ponto muito importante a ser considerado é a necessidade de se estar em dia com a carteirinha vacinal, e procurar um médico de confiança para que seja feita a solicitação de exames de sangue específicos de sorologia. Dessa forma, você estará cuidado da sua saúde e também das pessoas do seu convívio!

Estamos no #JulhoAmarelo. Participe da campanha encaminhando este conteúdo para os seus familiares e amigos. Vamos juntos!

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a imagem mostra a Dra Lilian Curvelo de frente para a câmera, sorrindo e com a mão apoiada no queixo
Dra Lilian Curvelo
CRM 78.526/SP
RQE 84418 - Gastroenterologia

Sou médica formada pela Universidade Federal da Bahia (UFBA), com especialização e doutorado em Gastroenterologia pela Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) e pós-doutorado em transplante de fígado pela Universidade Erasmus-MC na Holanda.

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