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  5. Doação de órgãos: um gesto que transforma vidas
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A doação de órgãos é um dos maiores atos de solidariedade humana. No Brasil, milhares de pessoas aguardam na fila de transplante para receber um fígado, rim, coração, pulmão ou outro órgão que pode significar mais tempo de vida e qualidade para o paciente e sua família.

Como funciona a doação de órgãos no Brasil?

A doação é regulamentada por leis rígidas, que garantem transparência, justiça e equidade. A retirada de órgãos só acontece após a confirmação da morte encefálica, realizada por dois médicos independentes e com protocolos técnicos definidos pelo Conselho Federal de Medicina.

É importante lembrar: no Brasil, a autorização final é da família. Por isso, se você deseja ser doador, é essencial conversar em vida com seus familiares, deixar claro o seu desejo e esclarecer dúvidas. Esse diálogo é determinante para que sua vontade seja respeitada no momento da decisão.

Como funciona a fila de transplante?

A fila de transplante de órgãos sólidos (fígado, rim, coração, pulmão e pâncreas) é única, pública e nacional, organizada pelo Sistema Nacional de Transplantes (SNT), vinculado ao Ministério da Saúde.

  • A lista segue critérios objetivos, sem privilégios ou influência externa.
  • A ordem de prioridade depende de fatores como gravidade da doença, tempo de espera, compatibilidade sanguínea e tamanho do órgão.
  • No caso do fígado, por exemplo, é utilizada a pontuação do MELD (Model for End-Stage Liver Disease), que classifica o risco de morte do paciente. Quanto maior o escore, maior a urgência e a prioridade no transplante.

Por que doar?

Cada doador pode salvar até 8 vidas com órgãos e beneficiar muitas outras com tecidos, como córneas e ossos. Ainda assim, a taxa de negativa familiar no Brasil ainda é alta — cerca de 40% das famílias não autorizam a doação, muitas vezes por falta de informação ou medo.

O que você pode fazer hoje?

  • Converse com sua família: diga claramente que você deseja ser doador.
  • Busque informações de fontes confiáveis: a doação segue regras médicas e legais rigorosas.
  • Seja multiplicador: ao falar sobre o tema, você ajuda a combater mitos e preconceitos.

A doação de órgãos é uma forma de eternizar a vida em outras vidas. Um gesto que traz esperança para milhares de famílias e que só se torna possível com a solidariedade e o diálogo em casa.

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a imagem mostra a Dra Lilian Curvelo de frente para a câmera, sorrindo e com a mão apoiada no queixo
Dra Lilian Curvelo
CRM 78.526/SP
RQE 84418 - Gastroenterologia

Sou médica formada pela Universidade Federal da Bahia (UFBA), com especialização e doutorado em Gastroenterologia pela Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) e pós-doutorado em transplante de fígado pela Universidade Erasmus-MC na Holanda.

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