As doenças autoimunes hepáticas consistem em alterações no fígado decorrentes de uma disfunção do sistema imunológico, que começa a atacar as células normais, causando danos ao tecido. Saiba como identificar!
O que é?
As doenças autoimunes hepáticas são um grupo de doenças que afetam o fígado, que são caracterizadas pela reação do sistema imunológico do corpo contra as células saudáveis do fígado. Existem várias doenças autoimunes hepáticas, incluindo a hepatite autoimune, a colangite esclerosante primária (CEP) e a colangite biliar primária (CBP).
A hepatite autoimune é uma doença em que o sistema imunológico do corpo ataca as células do fígado, causando inflamação e danos no órgão. A colangite esclerosante primária é uma doença em que o sistema imunológico ataca os ductos biliares, resultando em inflamação e cicatrização. Já a colangite biliar primária é uma doença em que o sistema imunológico ataca os ductos biliares pequenos e médios, causando inflamação e danos no fígado. As duas condições podem ocorrer no mesmo paciente, hepatite autoimune e CEP ou hepatite autoimune e CBP.
Neste artigo falaremos das principais doenças autoimunes hepáticas, incluindo suas causas, sintomas, diagnóstico e tratamento. Leia até o final e tire suas dúvidas!
Causas
As causas das doenças autoimunes hepáticas são desconhecidas, mas acredita-se que fatores genéticos e ambientais possam desempenhar um papel importante no seu desenvolvimento, como:
- Predisposição genética, que pode ser herdada de um ou ambos os pais
- Fatores ambientais, como infecções virais, exposição a toxinas ambientais e uso de certos medicamentos
- Disfunção imunológica, em que o sistema imunológico do corpo ataca as células saudáveis do fígado, como se fossem agentes infecciosos ou invasores estranhos
Porém, a causa exata das doenças autoimunes hepáticas ainda não é totalmente compreendida, e pesquisas adicionais são necessárias para identificar fatores de risco e possíveis causas diretas.
Sintomas
Os sintomas das doenças autoimunes hepáticas podem variar de acordo com o tipo específico de doença, bem como a gravidade da condição. No entanto, alguns dos sintomas mais comuns incluem:
- Fadiga e fraqueza
- Dores abdominais
- Perda de apetite
- Perda de peso não intencional
- Icterícia (amarelamento da pele e dos olhos)
- Coceira intensa na pele
- Urina escura
- Fezes claras ou com cor de argila
- Inchaço nos tornozelos ou pernas
- Sangramento nasal ou hematomas
- Náuseas e vômitos
- Febre baixa
Em alguns casos, as doenças autoimunes hepáticas podem não causar sintomas significativos durante os estágios iniciais da doença, o que pode dificultar o diagnóstico precoce.
Diagnóstico
O diagnóstico de doenças autoimunes hepáticas se inicia na avaliação médica, que investigará o histórico do paciente e realizará o exame físico. Em seguida, exames podem ser solicitar para melhor análise do caso, como:
- Exames de sangue para avaliação de sinais de inflamação ou danos no fígado, bem como para detectar a presença de anticorpos específicos que indicam uma resposta autoimune
- Exames de imagem: ultrassonografia abdominal, tomografia computadorizada ou ressonância magnética podem ajudar a avaliar a estrutura do fígado e detectar possíveis anormalidades
- Biópsia hepática: a biópsia hepática envolve a remoção de uma pequena amostra de tecido do fígado para análise em laboratório. é o método de escolha para o diagnóstico da hepatite autoimune
O diagnóstico precoce e preciso das doenças autoimunes hepáticas é importante para prevenir danos permanentes ao fígado e outras complicações graves.
Tratamento
O tratamento das doenças autoimunes hepáticas depende do tipo e da gravidade da condição. O objetivo do tratamento é controlar a resposta autoimune e minimizar os danos ao fígado.
Os principais tratamentos incluem o uso de medicamentos como corticosteroides, imunossupressores e ácido ursodesoxicólico, até o transplante de fígado.
O tratamento das doenças autoimunes hepáticas é geralmente um processo contínuo que requer acompanhamento médico regular e ajustes no tratamento, conforme necessário.
Além dos tratamentos citados, é importante adotar um estilo de vida saudável, incluindo uma dieta equilibrada, exercícios regulares e evitar o consumo de álcool para ajudar a reduzir o estresse no fígado e melhorar a função hepática.