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A hemocromatose consiste em uma condição em que há o excesso de ferro nos tecidos do corpo, o que ocorre devido a uma mutação genética passada ao indivíduo pelos pais. Saiba como identificar os sintomas e como funciona o tratamento.

O que é?

A hemocromatose é uma condição médica que ocorre quando o organismo acumula excesso de ferro nos tecidos, o que pode levar a uma série de problemas de saúde, incluindo danos ao fígado, coração e pâncreas. 

Neste artigo, vamos explorar mais sobre a hemocromatose, incluindo suas causas, sintomas, diagnóstico e tratamento. Fique até o final!

Causas

A hemocromatose é causada por uma mutação genética que afeta a forma como o corpo regula a absorção de ferro. Assim, o corpo absorve e armazena quantidades excessivas dessa substância. Em condições normais, o corpo absorve apenas a quantidade necessária de ferro que precisa para funcionar corretamente. 

No entanto, em pessoas com hemocromatose, o corpo absorve muito mais ferro do que precisa, acumulando-o nos tecidos. Esse excesso de ferro é armazenado no fígado, coração, pâncreas e outros órgãos, o que pode causar danos ao longo do tempo e perda da função. 

A hemocromatose é uma doença hereditária autossômica recessiva, ou seja, ela é causada por uma mutação genética que é transmitida de ambos os pais para o filho. Para desenvolver a hemocromatose, uma pessoa precisa herdar duas cópias da mutação genética, uma da mãe e uma do pai. Se apenas uma cópia da mutação estiver presente, a pessoa é considerada portadora da doença, mas não apresenta sintomas.

A hemocromatose é mais comum em homens do que em mulheres e é mais comum em pessoas de ascendência europeia. Acredita-se que cerca de um em cada 200 pessoas tenha a mutação genética para a hemocromatose, mas nem todos desenvolvem a doença.

Sintomas 

Os sintomas da hemocromatose podem variar de pessoa para pessoa e muitas vezes não aparecem até certa idade, quando o excesso de ferro já causou danos significativos. 

Os sintomas mais comuns incluem fadiga, dor nas articulações, fraqueza muscular, perda de peso, mudanças na pigmentação da pele, como o bronzeamento, diabetes e problemas de coração e fígado.

Diagnóstico

O diagnóstico de hemocromatose começa com um exame físico e história médica detalhada. 

O médico pode realizar exames laboratoriais para verificar os níveis de ferro no sangue e testes genéticos para verificar se há uma mutação nos genes relacionados à hemocromatose. A ressonância magnética do abdômen é necessária para avaliar o depósito de ferro nos órgãos envolvidos.  A biópsia hepática é necessária quando há dúvida do diagnóstico.

Os sintomas da hemocromatose são semelhantes aos de outras doenças, o que pode tornar o diagnóstico um desafio. Por isso, é importante procurar um médico se você tiver sintomas relacionados.

Tratamento

O tratamento da hemocromatose geralmente envolve a remoção do excesso de ferro do corpo. Isso pode ser feito por meio de flebotomia, um procedimento em que uma quantidade específica de sangue é removida do corpo. 

A frequência e a quantidade de sangue a ser removido dependem do nível de ferro no sangue do paciente. O objetivo do tratamento é manter os níveis de ferro no sangue em um nível saudável para prevenir danos aos órgãos.

Pacientes que não são capazes de tolerar flebotomias regulares, ou que têm outros problemas de saúde que os impedem de fazer o procedimento, medicamentos quelantes de ferro também podem ser prescritos. Esses medicamentos se ligam ao excesso de ferro no corpo e ajudam a removê-lo pelos rins.

Além disso, mudanças no estilo de vida também contribuem para o tratamento da hemocromatose, como evitar o consumo excessivo de álcool, que pode aumentar o risco de danos ao fígado, e diminuir a ingestão de alimentos ricos em ferro, como carne vermelha e frutos do mar. 
A hemocromatose é uma condição médica tratável e, com o tratamento adequado, é possível viver uma vida saudável e plena. Procure um especialista em doenças do fígado e tire suas dúvidas!

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a imagem mostra a Dra Lilian Curvelo de frente para a câmera, sorrindo e com a mão apoiada no queixo
Dra Lilian Curvelo
CRM 78.526/SP
RQE 84418 - Gastroenterologia

Sou médica formada pela Universidade Federal da Bahia (UFBA), com especialização e doutorado em Gastroenterologia pela Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) e pós-doutorado em transplante de fígado pela Universidade Erasmus-MC na Holanda.

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