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 A doença diverticular é caracterizada pela formação de pequenas bolsas na parede do intestino, conhecidas como divertículos. Geralmente não apresenta sintomas, mas pode causar dores abdominais, diarreia e constipação. Uma dieta rica em fibras pode ajudar na prevenção e tratamento da doença

Introdução

A doença diverticular consiste em uma patologia comum em países industrializados, onde a maioria das pessoas possui hábitos pouco saudáveis com relação à saúde intestinal.

Além disso, essa condição é mais frequente em pessoas acima dos 50 anos e sua prevalência aumenta com a idade. Nos Estados Unidos, estima-se que cerca de 35% das pessoas com mais de 50 anos possuem a doença diverticular.

Nesse artigo, abordaremos em detalhes o que é a doença diverticular, quais as possíveis causas, como identificar os sintomas, como é feito o diagnóstico e como funciona o tratamento. Fique até o final e tire suas dúvidas!

O que é a doença diverticular?

A doença diverticular consiste em uma condição em que pequenas bolsas, também denominadas divertículos, formam-se na parede do intestino grosso (cólon). Essas bolsas podem se projetar pela camada muscular do cólon e, com o tempo, podem ficar inflamadas ou infectadas, causando os sintomas da doença diverticular.

Quais as causas da doença diverticular?

A seguir, abordaremos os principais fatores associados à doença diverticular.

Dieta pobre em fibras

A falta de fibras na dieta é considerada uma das principais causas da doença diverticular. Quando a dieta é pobre em fibras, as fezes ficam mais duras e secas, o que pode aumentar a pressão no cólon durante a evacuação e causar a formação de divertículos.

Falta de atividade física

A falta de atividade física também pode aumentar a pressão dentro do cólon durante a evacuação e causar a formação de divertículos. A atividade física ajuda a manter o intestino saudável, promovendo o movimento das fezes pelo cólon e prevenindo a constipação.

 

Envelhecimento

Com o envelhecimento, a musculatura do cólon pode se tornar mais fraca, o que pode aumentar a pressão dentro do cólon durante a evacuação e gerar divertículos.

Outros fatores que influenciam o desenvolvimento da doença diverticular incluem história familiar da doença, tabagismo, uso prolongado de medicamentos anti-inflamatórios não esteroides (AINEs) e doenças inflamatórias do intestino, como a doença de Crohn.

Quais os sintomas da doença diverticular?

A maioria das pessoas que possuem doença diverticular não apresentam sintomas e a doença é identificada incidentalmente durante exames de rotina. Porém, quando os sintomas da doença diverticular estão presentes, eles podem incluir:

●     Dor abdominal: a dor pode ser contínua ou intermitente e geralmente é sentida na parte inferior esquerda do abdome, podendo piorar durante a evacuação ou após as refeições

●     Mudanças no hábito intestinal: algumas pessoas com doença diverticular podem experimentar alterações no hábito intestinal, como constipação ou diarreia

●     Sangramento retal: o sangramento retal é outro sintoma comum da doença diverticular. O sangramento pode ser leve ou grave e pode aparecer como sangue nas fezes ou no papel higiênico

●     Inflamação ou infecção: em casos mais graves, os divertículos podem se tornar inflamados ou infectados, causando sintomas como febre, náusea, vômito e dor abdominal intensa

●     Outros sintomas: alguns pacientes também podem apresentar sintomas como inchaço abdominal, gases, falta de apetite e fadiga

Como é feito o diagnóstico da doença diverticular?

Além da análise da história clínica e a realização de exame físico, o diagnóstico da doença diverticular geralmente é feito por meio de exames de imagem, como tomografia computadorizada, colonoscopia ou enema opaco.

Além disso, pode-se solicitar exames de sangue para avaliar a presença de sinais de inflamação, como elevação da contagem de glóbulos brancos e proteína C reativa.

Se houver suspeita de complicações da doença diverticular, como perfuração do cólon ou abscesso, pode ser necessário realizar exames adicionais, como ultrassonografia ou ressonância magnética.

É importante lembrar que alguns desses sintomas podem estar relacionados a outras doenças gastrointestinais, por isso, é importante buscar orientação médica para o diagnóstico adequado.

Como é realizado o tratamento da doença diverticular?

O tratamento da doença diverticular depende da gravidade dos sintomas e das complicações associadas. Em geral, o tratamento inclui mudanças na dieta, uso de medicamentos para aliviar os sintomas e, em alguns casos, cirurgia.

Mudanças na dieta

Recomenda-se uma dieta rica em fibras e uma ingestão de quantidades adequadas de água, o que ajuda a amolecer as fezes e facilita o movimento das mesmas pelo cólon. Alimentos ricos em fibras incluem frutas, verduras, cereais integrais e leguminosas.

Medicamentos

Os medicamentos podem ser utilizados para aliviar os sintomas, como dor abdominal, cólicas e diarreia. Entre eles estão analgésicos, antiespasmódicos e probióticos. Quando houver sinais sugestivos de infecção, o uso de antibióticos é indicado.

Cirurgia

A cirurgia é geralmente indicada em casos de complicações graves da doença diverticular, como perfuração do cólon ou abscesso. Em alguns casos, pode ser necessário remover uma parte do cólon afetado pelos divertículos.

Além do tratamento convencional, algumas medidas podem ser tomadas para prevenir a doença diverticular e seus sintomas, como manter uma dieta rica em fibras, praticar exercícios físicos regularmente e evitar o uso excessivo de laxantes e enemas.

É importante ressaltar que o tratamento deve ser orientado por um médico gastroenterologista , que irá avaliar cada caso individualmente e recomendar o tratamento mais adequado!

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a imagem mostra a Dra Lilian Curvelo de frente para a câmera, sorrindo e com a mão apoiada no queixo
Dra Lilian Curvelo
CRM 78.526/SP
RQE 84418 - Gastroenterologia

Sou médica formada pela Universidade Federal da Bahia (UFBA), com especialização e doutorado em Gastroenterologia pela Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) e pós-doutorado em transplante de fígado pela Universidade Erasmus-MC na Holanda.

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