A cirrose hepática consiste em uma doença crônica gerada por danos progressivos e permanentes no fígado por fatores como álcool, vírus,medicamentos, doenças autoimunes, esteatose, doenças do metabolismo, entre outros fatores associados. Saiba mais!
O que é?
A cirrose hepática é uma doença crônica do fígado que se desenvolve ao longo do tempo, como resultado de danos progressivos e permanentes no tecido hepático. Esses danos podem ser causados por várias condições, incluindo hepatite crônica, abuso de álcool, gordura no fígado e doenças hepáticas metabólicas e autoimunes.
Nesse artigo abordaremos as causas, sintomas, diagnóstico e tratamento da cirrose hepática. Aprenda como evitar!
Causas
Existem várias causas possíveis de cirrose hepática. Algumas das causas mais comuns incluem:
- Consumo excessivo de álcool: o abuso prolongado de álcool é uma das principais causas de cirrose hepática
- Hepatite crônica: a infecção crônica pelo vírus da hepatite B ou C pode causar inflamação crônica do fígado, que pode levar à cirrose hepática
- Esteato-hepatite não alcoólica: é uma doença hepática relacionada à obesidade , sobrepeso, diabetes tipo 2 e a resistência insulínica, levando ao metabolismo anormal de gordura no fígado, que pode progredir para cirrose hepática
- Doenças autoimunes: algumas doenças autoimunes, como a colangite esclerosante primária, colangite biliar primária e a hepatite autoimune, podem causar inflamação crônica do fígado e levar à cirrose hepática
- Doenças metabólicas: certas doenças metabólicas, como a hemocromatose (acúmulo de ferro no fígado), a doença de Wilson (acúmulo de cobre no fígado) e a deficiência de alfa-1 antitripsina, podem causar danos no fígado e levar à cirrose hepática
- Outras causas: outras condições, como a obstrução dos ductos biliares, doenças hepáticas congênitas, doenças vasculares como a síndrome de Budd-Chiari, exposição a toxinas e certas infecções virais, podem levar à cirrose hepática
Sintomas
A cirrose hepática pode ser assintomática em seus estágios iniciais, mas à medida que a doença progride, podem ocorrer vários sintomas e complicações, incluindo:
- Fadiga e fraqueza
- Perda de apetite e perda de peso
- Náuseas e vômitos
- Dor abdominal e inchaço
- Icterícia (coloração amarelada da pele e dos olhos)
- Coceira intensa
- Hematomas e sangramento fácil
- Confusão e problemas de memória (encefalopatia hepática)
- Distúrbios do sono
- Mudanças de humor e comportamento
- Edema (inchaço) nas pernas e nos tornozelos
- Ascite (acúmulo de líquido no abdômen)
- Varizes esofágicas (veias dilatadas no esôfago), que podem sangrar
- Infecções frequentes
- Câncer de fígado
Os sintomas da cirrose hepática podem variar de uma pessoa para outra, e a gravidade dos sintomas pode depender do estágio da doença e de quais complicações estão presentes.
Diagnóstico
O diagnóstico de cirrose hepática é geralmente baseado em uma combinação de histórico médico completo, exame físico, exames laboratoriais e de imagem. São alguns dos exames mais comuns usados para diagnosticar cirrose hepática:
- Exames de sangue: são realizados para avaliar a função hepática e podem incluir a dosagem das enzimas hepáticas, bilirrubina, albumina, tempo de protrombina e contagem de plaquetas
- Ultrassom abdominal com doppler do sistema portal: mostra alterações no tamanho e na textura do fígado, bem como a presença de nódulos. Além disso avalia o tamanho da veia porta, que está dilatada na cirrose
- Tomografia computadorizada ou ressonância magnética: fornecem imagens mais detalhadas do fígado, incluindo a identificação de nódulos e outros sinais de cirrose como a presença de ascite e circulação colateral
- Biópsia hepática: é raramente solicitada, exceto em casos de dúvida do diagnóstico e da etiologia da doença
- Elastografia hepática: é um método de imagem não invasivo e indolor que permite avaliar o grau de fibrose (cicatrizes do fígado) podendo substituir, na maior parte dos casos, a biópsia hepática
- Endoscopia digestiva alta: permite avaliar se o paciente tem varizes esofagogástricas (vasos dilatados no esôfago e estômago), condição comum na cirrose
O diagnóstico precoce da cirrose hepática é importante, pois pode ajudar a evitar complicações graves, como insuficiência hepática e câncer de fígado.
Tratamento
O tratamento da cirrose hepática depende da causa subjacente da doença e do estágio em que ela se encontra. O objetivo do tratamento é reduzir a progressão da doença, prevenir complicações e melhorar a qualidade de vida do paciente.
Entre essas abordagens estão o tratamento da causa subjacente, mudanças no estilo de vida, uso de medicamentos e transplante de fígado.
O tratamento da cirrose hepática é um processo contínuo e deve ser supervisionado por um médico especialista em doenças do fígado. O tratamento pode ajudar a controlar os sintomas e prevenir complicações, mas não há cura para a cirrose hepática avançada.