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  5. #JulhoAmarelo: juntos no combate às hepatites virais
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O Julho Amarelo surgiu com a finalidade de conscientizar a população sobre tudo o que diz respeito às doenças hepáticas virais, seus modos de contágio e sintomas, a fim de preveni-las ou diagnosticá-las precocemente.

As hepatites virais podem ser provocadas por diversos tipos de vírus (A, B, C, D e E) que atacam o fígado e são um grande problema de saúde pública mundial, destacando os tipos B e C, pois podem evoluir para problemas graves, como será apontado mais adiante.

No Brasil as hepatites A, B e C são as mais comumente encontradas, a hepatite D ocorre principalmente na região norte e a hepatite E é menos frequente no país, sendo mais encontrada na África e na Ásia.

Entre elas, existem diferentes meios de transmissão: contágio fecal-oral, que ocorre sob condições precárias de saneamento básico e água, de higiene pessoal e dos alimentos (vírus A e E), e transmissão sanguínea, quando se pratica sexo desprotegido, quando há compartilhamento de seringas, agulhas, lâminas de barbear, alicates de unha e outros objetos que furam ou cortam, e até mesmo de mãe para filho no momento do parto (vírus B, C e D).

Muitos sintomas são bem característicos e, quando se manifestam, o indivíduo pode apresentar cansaço, febre, dor abdominal, pele e olhos amarelados, urina escura e fezes claras. Porém, os sinais podem demorar para aparecer, como no caso da hepatite C, a doença que mais mata dentre as demais hepatites.

As infecções pelos vírus das hepatites B ou C podem se tornar crônicas, na maioria das vezes são assintomáticas e, com um diagnóstico tardio, podem acabar evoluindo para doenças inflamatórias crônicas, como cirrose ou câncer, com a necessidade de transplante do fígado. Por ano, em todo o mundo, aproximadamente 1,4 milhões de pessoas vão a óbito devido a complicações dessa doença.

Um outro modo de evitar contágio desses vírus, além de evitar todas as situações já citadas, é através da vacinação. Existem vacinas para as hepatites A e B, estas estão incluídas no calendário vacinal e são disponibilizadas pelo SUS.

Já a Hepatite C, infelizmente, ainda não tem vacina para sua prevenção. Mas o tratamento é altamente eficaz em mais de 95% dos casos. Por isso a importância de se detectar e tratar a doença precocemente, evitando danos muito severos ao fígado e a outros órgãos.

Vale ressaltar também que testes rápidos e sorologias para identificação de hepatites são oferecidos gratuitamente, assim como o tratamento para a doença. Quanto antes ela for detectada, sua transmissão para outras pessoas será evitada e melhores serão as chances de sucesso no tratamento do infectado.

O Município de São Paulo está dentro do Plano de Eliminação das Hepatites Virais até 2030. O desafio é a redução de 90% de novas infecções por hepatites virais B e C e redução de 65% na taxa de mortalidade associada às hepatites virais B e C.

Caso você não seja vacinado, tenha se exposto a possíveis meios de contaminação e esteja notando sintomas, procure atendimento médico especializado para melhor investigação, solicitações de outros exames clínicos pertinentes e acompanhamento individualizado.

Não Amarele! Cuide-se, vacine-se, a prevenção começa com a conscientização.

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a imagem mostra a Dra Lilian Curvelo de frente para a câmera, sorrindo e com a mão apoiada no queixo
Dra Lilian Curvelo
CRM 78.526/SP
RQE 84418 - Gastroenterologia

Sou médica formada pela Universidade Federal da Bahia (UFBA), com especialização e doutorado em Gastroenterologia pela Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) e pós-doutorado em transplante de fígado pela Universidade Erasmus-MC na Holanda.

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