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  5. Câncer de fígado: entenda melhor o hepatocarcinoma
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O hepatocarcinoma é o tumor primário do fígado mais comum e ocupa a 6º posição no mundo entre os cânceres. Outros tipos de câncer primário do fígado são o colangiocarcinoma (originado nos dutos biliares do fígado), o angiossarcoma (câncer raro que se origina nos vasos sanguíneos do órgão) e o hepatoblastoma (tumor maligno raro que atinge recém-nascidos e crianças nos primeiros anos de vida).

Neste texto, iremos abordar apenas o hepatocarcinoma (ou carcinoma hepatocelular, como também é chamado) e seus fatores relacionados.

Hepatocarcinoma (HCC)

O HCC, assim como qualquer outro câncer, se desenvolve quando há uma mutação celular que faz com que o hepatócito (célula hepática) se multiplique em uma taxa maior e/ou resulte na incapacidade de morte celular (apoptose).

Em particular, infecções crônicas por vírus da Hepatite B e/ou C podem ajudar no desenvolvimento do carcinoma hepatocelular por fazer com que o próprio sistema imune do corpo ataque as células do fígado, algumas das quais infectadas pelo vírus, enquanto outras não.

Outras etiologias da doença hepática, como o álcool, doença hepática gordurosa (esteatose hepática) e hemocromatose também são causas comuns de HCC.

Este câncer ocorre em uma frequência 3x maior em homens do que em mulheres e a faixa etária varia bastante, de acordo com os países de maior ou menor incidência, sendo esta de 30 a 70 anos.

Manifesta-se de forma sutil e silenciosa. O paciente pode apresentar dor ou aumento do abdômen, perda de peso inexplicada, sangramentos e icterícia (olhos e pele amarelos).

Por ser uma doença silenciosa, os sintomas raramente são apresentados nos estágios iniciais, o que dificulta o diagnóstico precoce. Os indivíduos afetados apresentam cirrose hepática em mais de 80% dos casos, por isso, é importante que os pacientes que se encaixem em quadros com maior chance de desenvolvimento da doença estejam atentos aos pequenos sinais e realizem exames de rastreamento regularmente.

Diagnóstico e tratamento

O melhor caminho na luta contra o câncer de fígado é o diagnóstico precoce – isso porque, quando o tumor é encontrado em fase inicial, o tratamento apresenta melhor resposta clínica.

A detecção é feita por meio de exames de imagem (ultrassonografia, tomografia computadorizada ou ressonância nuclear magnética), que podem ser acompanhados de exames de sangue para avaliação dos níveis de alfa fetoproteína (AFP).

O tratamento mais adequado varia de acordo com cada paciente e leva em consideração o estágio e a evolução do tumor, a idade do paciente e suas condições clínicas, bem como a doença hepática de base, como a cirrose e as hepatites.

Nos casos iniciais, a remoção cirúrgica do tumor e da parte do órgão que foi comprometida ou técnicas locorregionais, como a ablação (ondas de rádio de alta frequência que aquecem o tumor e destroem as células cancerígenas) e a quimioembolização, são os tratamentos mais indicados.

O transplante de fígado também pode ser considerado uma opção terapêutica. Para pacientes com estágios mais avançados, a medicina oferece cuidados com a administração local de quimioterapia e radiação para eliminar as células cancerígenas, radioterapia e atuais avanços que potencializam a resposta do sistema imune.

Prevenção

O tabagismo e a fumaça do tabaco são considerados fatores de risco e podem influenciar no desenvolvimento de todos os tipos de câncer. Contudo, o consumo abusivo de álcool, a alta ingestão de alimentos ricos em gordura e açúcar, a obesidade e as infecções causadas pelos vírus das hepatites B e C também são fatores de risco muito importantes para o desenvolvimento do HCC.

Manter hábitos de vida saudáveis e estar sempre em dia com seus exames clínicos preventivos (principalmente quando se tem doenças hepáticas prévias) é primordial para a manutenção da saúde a longo prazo!

Conte com seu médico hepatologista de confiança.

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a imagem mostra a Dra Lilian Curvelo de frente para a câmera, sorrindo e com a mão apoiada no queixo
Dra Lilian Curvelo
CRM 78.526/SP
RQE 84418 - Gastroenterologia

Sou médica formada pela Universidade Federal da Bahia (UFBA), com especialização e doutorado em Gastroenterologia pela Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) e pós-doutorado em transplante de fígado pela Universidade Erasmus-MC na Holanda.

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