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A hepatite B é uma doença viral que afeta o fígado e é causada pelo vírus da hepatite B (VHB). A infecção pelo VHB pode levar a uma variedade de problemas de saúde, desde infecções agudas até infecções crônicas que podem resultar em danos ao fígado, como cirrose hepática e câncer de fígado.

A cura completa da hepatite B ocorre em mais de 80% dos casos, quando ocorre a chamada "soroconversão", ou seja, quando o paciente apresenta a perda do antígeno de superfície da hepatite B (HBsAg) e a presença de anticorpos contra o antígeno de superfície (anti-HBs). Isso significa que o sistema imunológico do paciente conseguiu controlar o vírus e eliminar sua presença no organismo.

No entanto, a cura da hepatite B não é alcançada em todos os casos.  Estima-se que entre 10-15% dos casos possa evoluir para a fase crônica. 

A capacidade de alcançar a cura completa depende de vários fatores, como o estágio da doença, a presença de cirrose hepática, a resposta ao tratamento e o sistema imunológico do indivíduo. Continue lendo e saiba mais sobre a doença !

EVOLUÇÃO DA DOENÇA

 A evolução da infecção pelo vírus da hepatite B (VHB) varia de pessoa para pessoa. Aqui estão algumas informações sobre a evolução da hepatite B:

1- Hepatite B Aguda: 

A maioria dos adultos infectados pelo VHB se recupera completamente da hepatite B aguda, resultando em cura. Estima-se que mais de 80% dos adultos infectados pelo VHB na fase aguda se recuperem espontaneamente e desenvolvam imunidade duradoura ao vírus, sem necessidade de tratamento específico. No entanto, a hepatite B aguda pode ser grave e levar a complicações sérias como a hepatite fulminante com necessidade de transplante de fígado de urgência, especialmente em crianças e indivíduos com sistemas imunológicos comprometidos.

2- Hepatite B Crônica: 

  • A hepatite B crônica ocorre quando a infecção pelo VHB persiste no organismo por mais de seis meses
  • A taxa de desenvolvimento da hepatite B crônica pode variar em diferentes populações e regiões geográficas. Além disso, a progressão da hepatite B crônica para complicações graves, como cirrose hepática e câncer de fígado, também pode variar dependendo de vários fatores, como idade, sexo, genótipo do VHB, presença de coinfecção por outros vírus, como o vírus da hepatite D, e fatores individuais do paciente.

A hepatite B crônica pode ser classificada em diferentes estágios:

  • Hepatite B crônica inativa: Nesse estágio, o vírus está presente no organismo, mas a inflamação hepática é mínima e a função hepática é geralmente normal. A maioria das pessoas com hepatite B crônica inativa não apresenta sintomas e não requer tratamento, mas precisa ser monitorada regularmente.
  • Hepatite B crônica ativa: Nesse estágio, o vírus continua a se replicar no fígado, causando inflamação crônica e possível dano hepático. Pode levar à fibrose hepática, cirrose e complicações graves, como insuficiência hepática ou hepatocarcinoma (câncer de fígado). O tratamento é recomendado para pessoas com hepatite B crônica ativa para suprimir a replicação viral e reduzir o risco de complicações.

É importante destacar que a hepatite B crônica pode ser assintomática por muitos anos, e o diagnóstico geralmente é feito por meio de exames de sangue que detectam os marcadores do vírus da hepatite B

O acompanhamento médico regular é essencial para monitorar a progressão da hepatite B, avaliar a função hepática, realizar exames de imagem e determinar a necessidade de tratamento antiviral. 

Como é feito o tratamento da hepatite B?

O tratamento para hepatite viral B envolve abordagens médicas específicas que visam controlar a replicação do vírus, reduzir a inflamação hepática, prevenir a progressão da doença e reduzir o risco de complicações como a cirrose hepática e o câncer de fígado (hepatocarcinoma). 

É importante ressaltar que o tratamento da hepatite B crônica é individualizado e baseado nas características do paciente, como a fase da doença, a presença de comorbidades, a gravidade da inflamação hepática e a carga viral.

As principais opções de tratamento para hepatite B crônica incluem:

  1. Inibidores da transcriptase reversa nucleosídeos (NRTIs) ou nucleotídeos (NtRTIs): São medicamentos antivirais que inibem a replicação viral, bloqueando a ação da enzima transcriptase reversa do vírus da hepatite B e estão disponíveis na rede pública.
  2. Interferon alfa: É uma opção terapêutica usada em casos selecionados.

Além do tratamento medicamentoso, é importante adotar medidas preventivas para evitar a disseminação do vírus da hepatite B. Isso inclui a vacinação contra a hepatite B, que é altamente eficaz na prevenção da infecção, além de evitar o compartilhamento de agulhas e objetos cortantes, praticar sexo seguro usando preservativos e tomar precauções para evitar a transmissão vertical da mãe para o bebê durante a gravidez.

O tratamento da hepatite B deve ser realizado sob a supervisão de um médico especialista em doenças hepáticas, que irá avaliar a condição individual do paciente, a atividade viral, a função hepática e outros fatores para determinar o tratamento mais adequado

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a imagem mostra a Dra Lilian Curvelo de frente para a câmera, sorrindo e com a mão apoiada no queixo
Dra Lilian Curvelo
CRM 78.526/SP
RQE 84418 - Gastroenterologia

Sou médica formada pela Universidade Federal da Bahia (UFBA), com especialização e doutorado em Gastroenterologia pela Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) e pós-doutorado em transplante de fígado pela Universidade Erasmus-MC na Holanda.

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