É cada vez mais comum, especialmente para quem vive na pressa do dia-a-dia e precisa conciliar muitas obrigações - estudos, trabalho, família, etc. - que o tempo dedicado à alimentação seja secundarizado e, em alguns casos, até mesmo menosprezado.
São muitos os malefícios de uma alimentação deficitária e apressada - o que é facilitado por fast-foods e outros petiscos que acabam substituindo a refeição de muita gente que está sempre afoito ou muito atarefado; Falta de energia, imunidade baixa e disfunções gástricas são sintomas de que algo não está certo e, além destes, mau-humor, irritabilidade e cansaço constante também podem se manifestar.
No entanto, engana-se quem pensa que a importância das refeições é apenas referente ao valor nutricional do que se coloca no prato; comer é também um ato social e afetivo. Quando o ato de se alimentar se torna apressado e automático, também deixamos de nos conectar com nossa comida e não aproveitamos o momento!
A proposta do Mindful Eating é exatamente a de encaixar todas essas pequenas peças visando uma melhora significativa da qualidade de vida através do cultivo da atenção plena àquilo que se faz. Na prática, o comer consciente propõe que os momentos de refeição devem ser aproveitados e vivenciados com calma.
Não se distrair com o ambiente à sua volta, relaxar e não focar nas dificuldades cotidianas e deixar de lado o trabalho são, portanto, exercícios dessa prática. A passo que nos distanciando do que nos afeta negativamente, devemos nos aproximar daquilo que ingerimos.
Assim, apreciar sabores, texturas e odores é parte da proposta do comer consciente, tornando o momento das refeições um espaço de prazer, satisfação e experiência sensorial.
Para praticar o Mindful Eating, algumas dicas sobre pequenos comportamentos podem nos ajudar: se afastar do celular e desligar a TV durante as refeições, certificar-se de que você está confortável à mesa, se atentar ao cheiro dos alimentos e apreciar seus sabores e comer sem pressa são pequenas atitudes que impactam de maneira decisiva sobre a forma como nos alimentamos.
Ao prestar mais atenção nos alimentos e nos momentos em que nos alimentamos, prestamos também mais atenção ao nosso corpo - e, consequentemente, à nossa fome -, com isso, praticamos também o auto-conhecimento. Não é à toa que, dentre os benefícios dessa prática, um deles é exatamente a redução da compulsão alimentar.
Isso acontece porquê a fome - ou a vontade de comer - pode ser estimulada por outros fatores além do estômago vazio. Ansiedade e estresse, por exemplo, são grandes causadores e potencializadores dos impulsos alimentares. Ao tornar conscientes esses impulsos, temos condições de nos policiar melhor e identificar inclusive fatores da nossa vida que nos distraem ou nos afetam negativamente ao nível emocional.
Agora que você já sabe do que se trata, que tal responder à seguinte pergunta: Você se lembra o que comeu na sua última refeição? Ou o que você almoçou ontem?
Se você ficou em dúvida ou teve que pensar muito pra responder essas questões, talvez seja hora de praticar o Mindful Eating e começar a mudar alguns hábitos! Você só tem a ganhar!