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  5. Esteatose Hepática Alcoólica: Entendendo e Cuidando da Saúde do Fígado
Sumário

A esteatose hepática secundária ao consumo de álcool, também conhecida como esteatose hepática alcoólica, é uma condição na qual ocorre o acúmulo anormal de gordura nas células do fígado devido ao consumo crônico e excessivo de álcool.

É muito importante se informar melhor sobre esse assunto para cuidar bem da saúde do seu fígado, evitando excessos. Preparamos este material para explicar como fazer isso. Leia até o final!

O que é esteatose hepática alcoólica?

A esteatose hepática alcoólica é caracterizada pelo acúmulo de gordura nas células do fígado, devido ao consumo abusivo e prolongado de álcool. O fígado é responsável por metabolizar e eliminar o álcool, mas o consumo excessivo sobrecarrega esse órgão, levando ao acúmulo de gordura.

O acúmulo de gordura nas células hepáticas compromete a capacidade do fígado de desempenhar suas funções normais, como metabolizar nutrientes, filtrar toxinas e produzir enzimas essenciais.

Como já foi mencionado, essa doença ocorre em pessoas que consomem a bebida alcoólica de forma frequente, contudo se o consumo for esporádico, mas em grandes quantidades, o fígado também fica propenso ao acúmulo de gordura.

Sintomas e diagnóstico da esteatose hepática alcoólica

Em estágios iniciais, a esteatose alcoólica pode ser assintomática, ou seja, o fígado sofre de maneira silenciosa. Porém, à medida que a condição progride, podem surgir sintomas como:

  • fadiga;
  • dor abdominal;
  • perda de apetite;
  • náuseas;
  • icterícia (coloração amarelada da pele e dos olhos). 

O diagnóstico é obtido de forma simples. Exames de sangue podem identificar níveis elevados de enzimas hepáticas, indicando alterações na função do fígado. Já os exames de imagem, como ultrassonografia e ressonância magnética, permitem visualizar as alterações na estrutura do fígado e a presença de esteatose.

Fatores de risco da esteatose alcoólica

As doses de álcool que podem levar ao desenvolvimento de esteatose hepática podem variar de pessoa para pessoa. Isso porque o limite seguro depende de diversos fatores, como:

  • idade;
  • peso corporal;
  • histórico de consumo de álcool;
  • saúde geral do fígado;
  • predisposição genética. 

No entanto, existem algumas diretrizes gerais para o consumo  de álcool :

  1. Consumo Moderado: Geralmente, o consumo moderado de álcool não é associado a um risco significativo de desenvolver esteatose hepática. Para a maioria das pessoas, isso significa consumir até uma dose padrão de álcool por dia. Uma dose padrão no Brasil contém cerca de 14 gramas de álcool puro, o que é equivalente a:
  • Aproximadamente 44 ml de destilados (40% de álcool).
  • Cerca de 148 ml de vinho (12% de álcool).
  • Cerca de 355 ml de cerveja (5% de álcool).
  1. Consumo Excessivo: O consumo excessivo de álcool, especialmente em longo prazo, aumenta o risco de desenvolver esteatose hepática e outras condições hepáticas, como hepatite alcoólica e cirrose. Consumir mais de 14 doses de álcool por semana para homens ou mais de 7 doses para mulheres é considerado consumo excessivo.
  2. Consumo de Alto Risco: Consumir quantidades maiores que as mencionadas acima pode aumentar significativamente o risco de danos hepáticos graves, incluindo esteatose hepática, hepatite alcoólica e cirrose.

Lembre-se de que, além das quantidades, a frequência e a duração do consumo de álcool também desempenham um papel importante no risco de desenvolver esteatose hepática. O organismo precisa de tempo para metabolizar o álcool e se recuperar. Consumir grandes quantidades de álcool em um curto período (binge drinking) também pode ser prejudicial.

Saiba também que existem diferenças no metabolismo e distribuição de gordura entre homens e mulheres. As mulheres tendem a ser mais sensíveis aos efeitos do álcool. Portanto, o consumo seguro de bebidas alcoólicas para elas é, geralmente, menor que o dos homens.

Fique atento aos riscos porque cada indivíduo pode reagir de forma diferente ao álcool, e algumas pessoas podem desenvolver doença hepática mesmo com um consumo menor.

Prevenção e tratamento 

A prevenção da esteatose alcoólica está diretamente relacionada à moderação na ingestão de álcool. Para aqueles que já têm um histórico de consumo abusivo, buscar ajuda para reduzir ou interromper o consumo é fundamental.

A melhor abordagem para evitar a esteatose hepática relacionada ao álcool é a moderação na ingestão de bebidas alcoólicas. Idealmente, a abstinência é necessária até a resolução do quadro. 

Se você tiver alguma preocupação sobre o consumo de álcool e sua saúde hepática, consulte um  médico hepatologista para receber orientações adequadas. Além disso, adotar um estilo de vida saudável é crucial para a saúde do fígado e para a prevenção de problemas hepáticos futuros, tais como:

  • Alimentação balanceada, rica em frutas, vegetais e alimentos integrais;
  • Prática regular de atividade física;
  • Controle do peso corporal;
  • Evitar o tabagismo;
  • Buscar maneiras saudáveis de lidar com o estresse.
  • Priorize boas noites de sono. 
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a imagem mostra a Dra Lilian Curvelo de frente para a câmera, sorrindo e com a mão apoiada no queixo
Dra Lilian Curvelo
CRM 78.526/SP
RQE 84418 - Gastroenterologia

Sou médica formada pela Universidade Federal da Bahia (UFBA), com especialização e doutorado em Gastroenterologia pela Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) e pós-doutorado em transplante de fígado pela Universidade Erasmus-MC na Holanda.

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