A esteatose hepática secundária ao consumo de álcool, também conhecida como esteatose hepática alcoólica, é uma condição na qual ocorre o acúmulo anormal de gordura nas células do fígado devido ao consumo crônico e excessivo de álcool.
É muito importante se informar melhor sobre esse assunto para cuidar bem da saúde do seu fígado, evitando excessos. Preparamos este material para explicar como fazer isso. Leia até o final!
O que é esteatose hepática alcoólica?
A esteatose hepática alcoólica é caracterizada pelo acúmulo de gordura nas células do fígado, devido ao consumo abusivo e prolongado de álcool. O fígado é responsável por metabolizar e eliminar o álcool, mas o consumo excessivo sobrecarrega esse órgão, levando ao acúmulo de gordura.
O acúmulo de gordura nas células hepáticas compromete a capacidade do fígado de desempenhar suas funções normais, como metabolizar nutrientes, filtrar toxinas e produzir enzimas essenciais.
Como já foi mencionado, essa doença ocorre em pessoas que consomem a bebida alcoólica de forma frequente, contudo se o consumo for esporádico, mas em grandes quantidades, o fígado também fica propenso ao acúmulo de gordura.
Sintomas e diagnóstico da esteatose hepática alcoólica
Em estágios iniciais, a esteatose alcoólica pode ser assintomática, ou seja, o fígado sofre de maneira silenciosa. Porém, à medida que a condição progride, podem surgir sintomas como:
- fadiga;
- dor abdominal;
- perda de apetite;
- náuseas;
- icterícia (coloração amarelada da pele e dos olhos).
O diagnóstico é obtido de forma simples. Exames de sangue podem identificar níveis elevados de enzimas hepáticas, indicando alterações na função do fígado. Já os exames de imagem, como ultrassonografia e ressonância magnética, permitem visualizar as alterações na estrutura do fígado e a presença de esteatose.
Fatores de risco da esteatose alcoólica
As doses de álcool que podem levar ao desenvolvimento de esteatose hepática podem variar de pessoa para pessoa. Isso porque o limite seguro depende de diversos fatores, como:
- idade;
- peso corporal;
- histórico de consumo de álcool;
- saúde geral do fígado;
- predisposição genética.
No entanto, existem algumas diretrizes gerais para o consumo de álcool :
- Consumo Moderado: Geralmente, o consumo moderado de álcool não é associado a um risco significativo de desenvolver esteatose hepática. Para a maioria das pessoas, isso significa consumir até uma dose padrão de álcool por dia. Uma dose padrão no Brasil contém cerca de 14 gramas de álcool puro, o que é equivalente a:
- Aproximadamente 44 ml de destilados (40% de álcool).
- Cerca de 148 ml de vinho (12% de álcool).
- Cerca de 355 ml de cerveja (5% de álcool).
- Consumo Excessivo: O consumo excessivo de álcool, especialmente em longo prazo, aumenta o risco de desenvolver esteatose hepática e outras condições hepáticas, como hepatite alcoólica e cirrose. Consumir mais de 14 doses de álcool por semana para homens ou mais de 7 doses para mulheres é considerado consumo excessivo.
- Consumo de Alto Risco: Consumir quantidades maiores que as mencionadas acima pode aumentar significativamente o risco de danos hepáticos graves, incluindo esteatose hepática, hepatite alcoólica e cirrose.
Lembre-se de que, além das quantidades, a frequência e a duração do consumo de álcool também desempenham um papel importante no risco de desenvolver esteatose hepática. O organismo precisa de tempo para metabolizar o álcool e se recuperar. Consumir grandes quantidades de álcool em um curto período (binge drinking) também pode ser prejudicial.
Saiba também que existem diferenças no metabolismo e distribuição de gordura entre homens e mulheres. As mulheres tendem a ser mais sensíveis aos efeitos do álcool. Portanto, o consumo seguro de bebidas alcoólicas para elas é, geralmente, menor que o dos homens.
Fique atento aos riscos porque cada indivíduo pode reagir de forma diferente ao álcool, e algumas pessoas podem desenvolver doença hepática mesmo com um consumo menor.
Prevenção e tratamento
A prevenção da esteatose alcoólica está diretamente relacionada à moderação na ingestão de álcool. Para aqueles que já têm um histórico de consumo abusivo, buscar ajuda para reduzir ou interromper o consumo é fundamental.
A melhor abordagem para evitar a esteatose hepática relacionada ao álcool é a moderação na ingestão de bebidas alcoólicas. Idealmente, a abstinência é necessária até a resolução do quadro.
Se você tiver alguma preocupação sobre o consumo de álcool e sua saúde hepática, consulte um médico hepatologista para receber orientações adequadas. Além disso, adotar um estilo de vida saudável é crucial para a saúde do fígado e para a prevenção de problemas hepáticos futuros, tais como:
- Alimentação balanceada, rica em frutas, vegetais e alimentos integrais;
- Prática regular de atividade física;
- Controle do peso corporal;
- Evitar o tabagismo;
- Buscar maneiras saudáveis de lidar com o estresse.
- Priorize boas noites de sono.